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    13 de Maio Lei Áurea: Celebração ou Protesto? Uma análise Social dessa data

    “É declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil”.

    Esta é a frase que consta no primeiro artigo da Lei Áurea, de 13 de maio de 1888, data que simboliza o Dia da Abolição da Escravatura.

    Mas afinal, é ou não é para celebrar?

    A história do nosso povo sempre foi contada a partir da perspectiva do homem branco europeu.
    E por muito tempo acreditava-se que essa data representava uma marco libertador ao povo escravizado por quase 500 anos, no território que chamamos de Brasil.

    Porém, essa data não representa a luta do povo preto, e muito menos a celebração de “liberdade” diante do contexto histórico, tendo em vista que essa articulação da Monarquia intitulada como “Lei Áurea”
    não garantiu direitos fundamentais, como moradia, emprego e educação para a comunidade.

    Depois de libertos, alguns ex-escravos permaneceram com seus antigos senhores por não terem para onde ir.

    Fatos que comprovam que o País não assinou a Lei Áurea por livre espontânea vontade, mas sim por pressões econômicas e interesses políticos:

    • Lei da Vadiagem
    • Lei de Terras Concursos Públicos

    Além das leis mencionadas, outras formas de segregação se manifestava, a não ocupação em espaços de lazer, falta de acesso a empregos com condições favoráveis, além de políticas de segregação residencial, como a criação de bairros exclusivos para brancos.

    Essas práticas tinha um únicos objetivo: manter a ideia de eugenia racial e impedir a integração social e econômica dos negros na sociedade brasileira.

    Muito dos nossos atrasos estruturais quanto as questões de raça se perdura por esse motivo, e por isso que não faz sentido algum comemorar essa data.

    Para a emancipação total de um povo socialmente vulnerável faz se necessário a implementação de políticas públicas, planejamentos, execuções efetivas, e participação popular.

    Nada sobre o povo, sem a presença e voz do povo!

     

    Por Carolina Martins – Coordenadora do Núcleo Étnico-Racial do Instituto Banzeiro da  Amazônia 

    Fontes: Portal Géledes e G1 – O Globo

     

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