Uma inovação científica desenvolvida por pesquisadores do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), em Rolim de Moura, está revolucionando o tratamento de feridas em animais. O estudo investiga o uso da pele de tambaqui, um peixe nativo da Amazônia, como uma alternativa eficiente e sustentável para acelerar o processo de cicatrização em cães e gatos.
Solução sustentável e eficaz
A pesquisa busca desenvolver métodos acessíveis de esterilização e armazenamento da pele do tambaqui, permitindo seu uso como curativo biológico para feridas. Segundo os pesquisadores, esse material tem uma resistência superior à pele de tilápia, que já é utilizada na medicina regenerativa. Além disso, o reaproveitamento da pele do tambaqui, um subproduto da indústria pesqueira, contribui para a redução de resíduos e impactos ambientais.
“A pesquisa coloca a UNIR e a Amazônia no cenário científico, trazendo inovação e benefícios reais para os animais, o meio ambiente e a sociedade”, destaca o professor Ivan Felismino, coordenador do estudo.
Benefícios do uso da pele de tambaqui
Os primeiros resultados indicam vantagens significativas na aplicação desse biomaterial. Entre os principais benefícios observados estão:
✔ Cicatrização acelerada – O material ajuda na regeneração dos tecidos, reduzindo o tempo de recuperação.
✔ Menos uso de medicamentos – Diminui a necessidade de antibióticos e outros fármacos.
✔ Redução de custos – Alternativa mais acessível do que outros tratamentos tradicionais.
✔ Sustentabilidade ambiental – O estudo promove o reaproveitamento de um subproduto que antes era descartado.
Potencial para a medicina veterinária e humana
Com os resultados promissores obtidos nos testes com animais, a pesquisa abre portas para futuras aplicações na medicina humana. Técnicas semelhantes já são utilizadas com a pele de tilápia para tratar queimaduras em pessoas, e o tambaqui pode se tornar mais uma alternativa viável, especialmente em regiões da Amazônia onde o peixe é abundante.
O estudo representa um avanço para a ciência e reforça o compromisso da UNIR com soluções inovadoras que beneficiam tanto a saúde animal quanto o meio ambiente. O próximo passo será ampliar os testes e buscar parcerias para que a técnica possa ser aplicada em larga escala.

A pesquisa é um exemplo claro de como a ciência pode transformar recursos naturais da biodiversidade amazônica em soluções eficientes e sustentáveis, beneficiando a sociedade e promovendo a inovação na medicina veterinária.
Fonte: 01 – Rayane Trajano, Redação