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    Homem é preso por matar a namorada esganada em Rondônia

    Um caso trágico de violência abalou Porto Velho, capital de Rondônia, na manhã de segunda-feira, 21 de abril de 2025. Uma jovem de 25 anos, identificada como Estefany Carolayne Pommerehn, foi encontrada morta, estrangulada na cama. Ela estava despida, de bruços e amarrada nos pés e mãos.

    O namorado da vítima, Kennedi Wanderson Upase de Castro, 29, foi preso em flagrante como principal suspeito do crime, que está sendo investigado como feminicídio pela Polícia Civil. O caso reacende a discussão sobre a violência de gênero e a necessidade de medidas urgentes para proteger as mulheres.

    Detalhes do crime

    Segundo informações da Polícia Militar (PM), o caso chegou ao conhecimento das autoridades após uma ligação feita por Kennedi à mãe, em que confessava o assassinato e afirmava que pretendia tirar a própria vida: “Mãe, aconteceu uma tragédia, liga pra polícia, eu matei a Estefany e vou me matar na frente da carreta ou da ponte.”, disse.

    Prisão do suspeito

    O namorado da vítima foi localizado horas após o crime nas proximidades do Bairro Novo, trabalhando como entregador.

    Ele foi preso em flagrante e encaminhado ao sistema prisional, onde permanece à disposição da Justiça.

    Contexto de violência em Rondônia

    O caso de Estefany Carolayne Pommerehn engrossa as estatísticas alarmantes de feminicídio em Rondônia. De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado (Sesdec), o número de feminicídios no estado cresceu significativamente nos últimos anos.

    Em 2022, o aumento foi de 233% nos primeiros quatro meses em comparação com o mesmo período de 2021. Porto Velho, em particular, lidera o ranking de cidades com maior número de mulheres assassinadas em contexto de violência de gênero.

    Organizações de defesa dos direitos das mulheres, como a Comissão de Direitos Sociais da Ordem dos Advogados do Brasil em Rondônia (OAB-RO), têm alertado para a importância de políticas públicas eficazes no combate à violência doméstica. “Cada caso como esse é um lembrete de que precisamos de mais investimento em prevenção, acolhimento às vítimas e punição rigorosa aos agressores”, declarou Evanilde do Nascimento Marinho, coordenadora de Combate à Violência contra a Mulher da OAB-RO.

    Investigação em andamento

    A Polícia Civil segue colhendo depoimentos de familiares, amigos e testemunhas para esclarecer as circunstâncias do crime.

    Enquanto a investigação avança, o caso de Estefany Carolayne Pommerehn serve como um doloroso lembrete da realidade enfrentada por muitas mulheres em Rondônia e no Brasil. A luta contra o feminicídio exige não apenas ações policiais, mas também uma mudança cultural e social para garantir que casos como esse não se repitam.

    Fonte: Painel Político.

     

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